Contos
de fada são narrativas em que aparecem seres encantados e elementos mágicos
pertencentes a um mundo imaginário, maravilhoso. São histórias muito antigas,
que eram transmitidas de boca em boca e passada de geração para geração.
Após a
invenção da imprensa, as histórias passaram a ser registradas em livros para
que as mesmas não fossem perdidas ou esquecidas. Estes contos têm quase sempre
uma estrutura simples e fixa. Tem uma característica bem marcante como na sua
fórmula inicial: “Era uma vez...’’ e final: “...foram
felizes para sempre’’.
Há
neles, também, uma ordem existente, ou seja, uma situação inicial; uma ordem
perturbadora, quando a situação de equilíbrio inicial se desestabiliza, dando
origem a uma série de conflitos que só se interrompem com o aparecimento de uma
força maior. A seguir a ordem é restabelecida. Geralmente há personagens do bem
e do mal, e a vitória, apesar do sofrimento, sempre é do personagem do bem.
O ‘’Era uma vez...’’ nos remete ao passado e serve de
passaporte do mundo real para um mundo irreal, mundo da fantasia.
Ao longo
do conto, as indicações da natureza são limitadas e vagas, não permitindo
determinar com rigor a duração de ação ou localização num contexto histórico
preciso. O mesmo ocorre relativamente com espaço: um palácio, uma casa, uma
floresta,... Essas características permitem aos contos um caráter atemporal e
universal, concedendo a eles uma reatualização permanente, pois podem acontecer
em qualquer lugar e tempo.
Eles
também são carregados de simbologia: rosa: símbolo do amor; beijo:
desperta e faz renascer; lobo mal: algo ou pessoa que, de repente,
quer fazer o mal a alguém. Podemos dizer que os contos de fadas trazem a magia
que alimenta a imaginação, ajuda a encarar os problemas da vida, a enfrentar
desafios e, por inúmeras vezes, até nos trazem esperança.
Fonte: GAGLIARDI, Eliana; AMARAL,
Heloisa. Contos de Fadas: Trabalhando com os gêneros do discurso
narrar. São Paulo:FTD,2001
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